[Este texto foi
publicado inicialmente em outro blog que eu mantinha. Queria deletar
o blog sem perder o conteúdo, então migrei os textos dele para o
Sessão de Biblioterapia]
O que dizer de um livro que fala com simplicidade e beleza sobre um dos maiores dramas que uma família pode passar: a fome. E além da fome, perder sua casa. E não apenas isso, Steinbeck consegue fazer um livro sobre cultura, relações pessoais, relações familiares, prisão, economia, situação dos trabalhadores do campo.
Mesmo um tempo depois de ler este livro, fazendo a retrospectiva das minhas leituras no ano de 2015, até agora não me saem da cabeça todas as aflições da família Joad.
Migrantes, desde sua saída do Oklahoma até sua chegada na Califórnia, os Joad tem sua narrativa de viagem impregnada de uma transformação social, abordada desde a mudança na relação marido/mulher, que, por consequência, irá afetar o destino da família (aliás, encontramos nessa relação algum ponto de ameaça de violência doméstica como se isso fosse natural)...tão triste, tão humano.
As crianças que passam fome, e em meio a isso ainda conseguem abstrair a dor de um estômago vazio e se refugiar em fantasias de criança.
A situação daqueles que não conseguem se ajustar à própria família. O Pastor, que perdeu a fé em Deus. Todos eles ali, em um caminhão velho, em busca de uma vida, que, esperam eles, será melhor.
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